Quem Somos
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Conheça um pouco de nossa Tradição.
O Anjo da Paz
Marianice Paupitz
BIOGRAFIA
Manoel dos Santos Esgalha Sobrinho
Nascimento: 10.12.1917, na cidade de Pirajuí-SP
Falecimento: 24.06.2002, na cidade de Araçatuba-SP
Esposa: Antonia Sorrentino Esgalha.
Filhos: cinco filhos.
Araçatuba já se fazia crescer a olhos vistos. Nos seus horizontes se enxergava um futuro promissor, o seu progresso era indiscutível, isso em meados dos anos 50. Manoel dos Santos Esgalha Sobrinho perguntava-se se já não era hora de nossa altaneira cidade ter uma corporação de bombeiros, um vez que voluntários estavam sempre servindo à comunidade, ora apagando fogo, outras salvando vítimas de acidentes graves ou afogamentos.
Manoel dos Santos Esgalha Sobrinho, herói anônimo, levado pelo espírito altruísta, após ver o estrago que um incêndio fez ao jornal a Comarca e também o incêndio do Palace Hotel, não perdeu mais tempo. Tomou a iniciativa de reunir um grupo de 25 amigos. Em 1954, formou a primeira corporação de Araçatuba. Formada por voluntários, nos primeiros tempos trabalhavam com doze bicicletas doadas. Eram da marca Monark. Mas com ele mesmo disse: “O melhor equipamento de sua corporação era a boa vontade”.
O grupo alugou um galpão de uma antiga marcenaria a rua Castro Alves para usá-lo com quartel. Treinavam sozinhos, improvisando corridas, subidas e descidas de escada.
Nesse período aconteceu, o que até hoje é considerado o maior incêndio de nossa história: o depósito de Gás Leônidas Bracalli, localizado próximo à Praça Rui Barbosa, onde estavam guardados mais de trezentos botijões de gás.
O senhor Esgalha, com toda sua humildade e seu espírito de liderança, conseguiu ganhar o respeito da população. O grupo de voluntários, por ter conseguido controlar o fogo, foi transferido para a quadra de esportes no centro da cidade.
Durante o plantão, os bombeiros rezavam a cada duas horas e um dos plantonistas era incumbido de soltar três morteiros para avisar os demais que havia uma emergência. Para apagar o fogo, usavam mangueiras, sacos de estopas e baldes de água.
Um anjo foi colocado em nossa comunidade. O Sargento Esgalha reuniu uma legião de querubins que, graciosamente, salvavam a nossa metrópole de todo e qualquer incêndio que aconteciam entre outras funções que competem ao bombeiro realizar. A nossa corporação era formada pelos anjos da paz. Sua água era abençoada e suas mãos santificadas para acolher todo e qualquer acidentado que deles precisassem.
Os comerciantes, com o passar do tempo, começaram a acreditar nessa iniciativa e apoiaram o grupo, inclusive com doações em dinheiro. Foi com essas doações que os voluntários conseguiram comprar a primeira viatura, um caminhão OPEL.
Senhor Manoel, um bombeiro. Sua missão: salvar vidas, não interessava raça ou religião. O importante era afastar do perigo do fogo qualquer um que corresse perigo.
Bombeiro, o “Anjo da Paz”, foi o primeiro da cidade de Araçatuba, teve a feliz iniciativa de formar uma legião de querubins que visavam única e exclusivamente à salvação da vida.
*Marianice Paupitz Nucera, é escritora e membro
do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.